Como devem saber, casei há 3 anos, o meu marido tem mais 4 anos que eu, mas parece que tem 50 anos a mais, portanto, há coisas que ele anseia mais que eu, como por exemplo, aumentar a família.
Já antes de casar que ele implorava.
Eu sempre recusei, por diversos motivos.
Não queria mais despesas.
Não queria mais responsabilidades.
Não queria mais preocupações.
Todas essas coisas pesavam na minha recusa.
Eu não queria aumentar a família para suprimir egos, nem para brincar.
Conheço-me e sei que a partir do momento em que tomasse essa decisão as despesas iriam chegar, queria poder dar tudo do bom e do melhor, desde o mais pequeno brinquedo, até ao melhor médico.
Ao tomar a decisão, não iria simplesmente ter e pronto, as despesas iriam aumentar: alimentação, idas ao médico, vacinas, brinquedos, tudooooo o que acarreta cuidar de uma vida.
Porque eu sou assim. Ou é tudo ou é nada.
Mas a principal razão era simples : EU NÃO GOSTO. É simples. NÃO GOSTO.
Pronto, há quem não goste e não é errado não gostar. É pior dizerem que gostam e abandonarem ou matarem. Isso sim, é grave e desumano.
O meu nível de boa pessoa e de responsabilidade permite-me dizer que não, porque não estava preparada e porque não gosto.
Mas houve o dia em que aconteceu.
Quando o ouvi, quando o senti, percebi que já era tarde.
Sempre disse que se acontecesse iria ser um menino. Assim foi.
Sempre disse que iria ser eu a escolher o nome. E foi exactamente como imaginei.
Agora vamos ser mais lá em casa.
A pedido de várias famílias, com vários anos a ouvir o meu marido implorar...
Os nossos corações têm mais um pequeno ser para amar, cuidar, educar.
O meu medo desapareceu, onde eu achava que iria perder, acabei por ganhar.
E sei que nunca mais me vou sentir sozinha.
Porque sei que aconteça o que acontecer, ele não me abandona. Cabe a mim, não o abandonar nunca.
E apesar de eu achar que iria odiar. É verdade quando dizem que há amores que não se explicam...
Podem não acreditar, mas ele já me conquistou.
Agora sim, somos realmente 3.
Eu, ele e o...
... Figaro, o nosso gatinho.
(continuarei este episódio, de alguém que não gosta de gatos e adotou um gatinho bebé. Adotem, não comprem. Tomem decisões conscientes. Não abandonem).
Fim da parte I.
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