Não me cabe a mim comentar ou opinar estes jogos de politiquices " sarsizeiros ", só que cabe-me a mim escrever, que era isso que queriam de mim. E eu escrevo o que quero, principalmente quando estou revoltada ou triste. Até aqui gabava-me de não ser uma pessoa egoísta. Mas também sempre me orgulhei de não ser uma pessoa linear ou reticente a mudanças, sejam elas de que maneira forem, portanto, não tenho receio de acrescentar defeitos ao meu eu. Afinal sou egoísta. É isto que tenho a dizer. Este ano tirou-me, ou melhor, foi-me negado muita coisa. Tive que adiar a minha viagem de sonho, tive amigas a virar mães e eu ainda não pude pegar nem partilhar a felicidade delas, vou ter amigos que vão ser pais e eu vou ter de manter a merda da distância social. Fui daquelas que cumpriu literalmente e à risca, no meu pequeno T1, o isolamento, ou a quarentena mais de 2 meses, sem ter estado, por enquanto, infectada, a não ser com raiva. Fui daquelas que acreditou que podíamos virar ist...
Como devem saber, casei há 3 anos, o meu marido tem mais 4 anos que eu, mas parece que tem 50 anos a mais, portanto, há coisas que ele anseia mais que eu, como por exemplo, aumentar a família. Já antes de casar que ele implorava. Eu sempre recusei, por diversos motivos. Não queria mais despesas. Não queria mais responsabilidades. Não queria mais preocupações. Todas essas coisas pesavam na minha recusa. Eu não queria aumentar a família para suprimir egos, nem para brincar. Conheço-me e sei que a partir do momento em que tomasse essa decisão as despesas iriam chegar, queria poder dar tudo do bom e do melhor, desde o mais pequeno brinquedo, até ao melhor médico. Ao tomar a decisão, não iria simplesmente ter e pronto, as despesas iriam aumentar: alimentação, idas ao médico, vacinas, brinquedos, tudooooo o que acarreta cuidar de uma vida. Porque eu sou assim. Ou é tudo ou é nada. Mas a principal razão era simples : EU NÃO GOSTO. É simples. NÃO GOSTO. Pronto, há quem n...